Num Dia de sábado, meu despertador começa a tocar super alto. Bato nele tentando que ele pare de tocar, mas não adianta. Então, tive que me levar aos poucos, ainda querendo ficar ali no quentinho. A Lili sobe em cima da minha cama, e miando. Com certeza queria um carinho, então faço carinho naquela bola de pelos. Logo após, vou colocar o meu CD do John Mayer para tocar, enquanto me arrumo. Coloco uma roupa de praia e desço para tomar café.
Chegando à cozinha, minha mãe ainda não esta acordada, só meu pai.
- Bom dia, Pai! – abro os meus braços para abraça-lo
- Bom dia minha pequena. Dormiu bem? – ele diz me abraçando
- Sim. Muito bem. E o Senhor?
- Bem! – sorriu
Meu pai está preparando o café, enquanto eu preparava meu suco de laranja. Logo, o Leandro aparece na cozinha, coçando o olho e com aquela cara de lerdo, que só ele tem.
- E aí Baixinha. – diz dando um beijo na minha testa
- Tudo bem seu lerdo? – Ri da cara dele
- Tudo pequena Stuart Little. E você?
- Stuart Little, Le? Magoou. – Fiz cara de triste, e ele chegou mais perto de mim e me abraçou. – Eu estou ótima. Vou á praia. Vamos?
- Hoje Não. – se afastou de mim e foi abrindo o seu pão, e passando manteiga. Minha mãe acordou, veio até a cozinha, conversamos um pouco, tomamos café. Não comi muita coisa, só uma fatia de pão uma maça e um copo de suco de laranja. Assim que acabo , me despeço de todos, pego minha bolsa e saio em direção a praia.
Chegando lá, me acomodo na cadeira de praia, passo protetor solar e coloco meus óculos de sol. Depois de uns cinco minutos resolvo ir nadar um pouco.
CAIO POV
Sábado de sol, vou logo aproveitar pra ir a praia para surfar. Chegando lá, vou logo pro mar, com a minha prancha. Surfo um pouco. Depois, coloco a prancha em pé na areia, e me sento ao lado para ver o mar. A uns centímetros, vejo uma bolsa ali sem ninguém cuidando. Não me preocupo e continue olhando o movimento da praia, que aliais tinha muitas pessoas. Quando de repente aparece um cara, andando em volta da bolsa que estava sem nenhuma pessoa em volta para identificar de quem seja. Fico de olho no cara, até que ele pega a bolsa e sai correndo. Imediatamente vou atrás dele mesmo não sabendo de quem era a bolsa. Consigo pegar ele pelo pescoço, apertando e dizendo:
- Solta a bolsa!
- Pera aí cara, me solta. Você não viu essa bolsa, tava pras moscas ali na areia, eu somente quero ela pra mim.
- Oh ta usando bolsa de mulher agora? Virou Gay? Se toca cara, você ia pegar uma coisa que não é sua. Solta essa bolsa agora. – O homem finalmente solta a bolsa, eu solto ele e pego a bolsa: - Agora VAZA! – ele sai correndo. Volto pra onde minha prancha estava, e deixo a bolsa do meu lado. Segundos depois sai do mar uma mulher linda, e vem na direção onde estava a bolsa. Ela fica olhando pros lados, e digo á ela:
- Moça. É isso que você está procurando. – ela me olha com aqueles olhos azuis maravilhosos.
- É. O que você está fazendo com a minha bolsa?
- Somente a peguei porque um assaltante pegou e fiz com que ele soltasse, dando uma gravatada no pescoço dele.
-UAU! Obrigado moço. Obrigado mesmo. – sentou do meu lado, e colocou a bolsa do lado dela; - Fui muito desastrada em deixar ela aqui. Mas vim sozinha e pensei que nenhum ladrão fosse roubar.
- Que isso, de nada. Agora sou o herói das bolsas. – dei uma risada e ela sorriu
- Bom, como posso te agradecer por tamanha gentileza e heroísmo. – deu uma risada
- Podemos ir tomar uma água de coco, ali no quiosque.
CLARICE POV
Fomos até um quiosque. Tomamos a água de coco. Até que ele tira os olhos de sol, e vejo que é... o CAIO CASTRO. Os meus pensamentos ficaram á mil por horas. E dizendo: ´´CARACA, É O CAIO CASTRO´. Fiquei em silêncio, mas minha expressão de olhar era de surpresa múltipla, por ver que o cara que salvou minha bolsa foi ele. Depois do silêncio infinito, finalmente o Caio quebra ele e diz:
- Então...
Eu olho pro relógio e vejo que tenho três aulas na faculdade de Música e que estou um pouco atrasada.
- Desculpa. É que estou atrasada pra faculdade. – pego minha bolsa, levanto e dou tchau pra ele, e agradeço mais uma vez.
- Espera. Qual é o seu nome?
- Clarice! – grito um pouco longe dele já.
Chego em casa, tomo um banho rápido e visto uma roupa aconchegante, faço uma make leve, pego minha mochila e chave do carro e vou direto pra faculdade.
Chegando lá já vejo o Eduardo, uns dos meus amigos que fiz nesta faculdade.
- Oi Edu! – falo dando um abraço nele
- Oi pequena! – ele fala retribuindo meu abraço nem conversamos direito e o sinal para irmos pra sala, toca. No final da aula, o professor pede para nós fazermos uma música e cantarmos na sala. Ele dá um tempo de mais ou menos, um mês, para compormos a música. Na hora da saída, levo o Edu até a casa dele. No caminho, me lembro do acontecido na praia e lhe conto:
- Edu, você não sabe quem eu encontrei na praia hoje. – falei pra ele toda eufórica
- Quem? A minha musa, Fernanda Vasconcellos?
- Não seu bobo. O Caio Castro.
- Nossa grande coisa. – ele revira os olhos
- Por que você revirou os olhos?
- Porque eu quis.
- Nossa seu grosso. Ta com ciúmes é?
- Não claro que não. Ta imaginando coisa.
- Ah, mesmo ele sendo o CAIO CASTRO, eu nunca vou deixar de te amar.
- Ainda bem pequena. – ele sorri e eu sorrio junto com ele.
Chego na casa do Edu, ele desce do carro e eu vou direto pra casa.
Chego em casa, coloco uma roupa leve, faço um lanche pra mim, e como.
Meus pais chegam do trabalho, e o Leandro está na casa da namorada dele, a Adriana. Apesar do Le estar com a Adriana há dois anos, nunca fui muito com a cara dela. Subo para meu quarto, pego meu violão e aviso pros meus pais que vou para praia para ver a Lua. Chegando lá, sento na areia e fico olhando a lua, e ouvindo o som do mar. Quando sinto que alguém está sentado do meu lado.
- A Lua está linda hoje NE? – Ouço que a voz é conhecida e me viro pra ver quem é.
- Você? – falei
- Sim. Eu. Parece que está sendo coisa do destino te encontrar.
- Bobagem. Conhecidencias acontecem.
- Conhecidencia não é a palavra para identificar o que está sendo hoje.
- Nossa. Agora eu concordo com você.
- E esse violão?
- É meu. Trouxe ele pra ver se algo me trazia inspiração para compor uma música.
- Problema resolvido.
- Como assim?
- Sua inspiração acabou de chegar. – ele fala isso e eu fico olhando pros lados até entender que ele estava falando de si próprio. E no meu pensamento dizia: “E que inspiração”
- Nossa. A humildade mandou lembrança. – dou uma risada e sorriu ao mesmo tempo.
- E esse sorriso lindo ai? – percebo que as minhas bochechas começam a corar nesse momento. Decido não falar nada, apenas sorri. E ele continua falando:
- Canta alguma coisa pra mim.
- Não Caio. Eu pareço uma gralha cantando.
- Sua voz normal já é linda, imagina você cantando.
- Nossa. Com um elogio desses, me deu até vontade de cantar. – pego meu violão e começo a cantar Gravity do John Mayer.
Durante a música toda percebo que ele não parava de me olhar. No começo fiquei até sem graça com a situação, mas depois me acostumei.
Caio POV
Nossa como ela canta bem. Tem uma voz tão doce de se escutar. A música acaba ela coloca o violão no chão e me olha sem graça.
- Parabéns. – começo a bater palmas
- Não precisa bater palmas. – ela pega nas minhas mãos me fazendo parar. Nós nos olhamos profundamente e o único som que se ouvia era o barulho do mar.
- Então... – ela quebra o silencio tirando sua mão da minha, pega o violão e se levante e eu me levanto junto.
- Perai. Aonde você vai?
- Eu vou embora. – ela fala meio gaguejando
- Não. Fica mais um pouco. Canta mais uma música pra mim.
- Não posso. Já ta tarde e maus pais vão ficar preocupados.
- Então deixa que eu te levo em casa. – ela aceita e nos vamos em silencio o caminho todo.
Quando chegamos cem frente a uma casa laranja bem perto da praia ela disse:
- É aqui. Obrigado por me trazer.
- De nada. – quando ia me aproximando para dar um beijo em sua bochecha, um rapaz alto aparece e fala:
- Baixinha, eu já tava indo te procurar.
- Quem é ele?
- Eu que te pergunto. Quem é você?
- Eu sou o Caio. Sou colega da Clarice. A gente se conheceu hoje.
- Ta. Muito obrigado por trazer minha irmã. Vamos, entra baixinha.
- Ta já to indo Le. Deixa eu só me despedir do Caio. – o irmão dela entra e novamente eu e a Clarice ficamos sozinhos.
- Fio um prazer enorme conhece-lo. Muito obrigada por salvar minha bolsa e por me trazer em casa.
- De nada baixinha. O prazer foi todo meu. – eu dou uma risada
- Nossa. Até você. – e ela da a risada mais linda do mundo
Clarice POV
Nossa até o Caio Castro me chamando de baixinha. Nos finalmente nos tocamos com um forte abraço, que com isso pude sentir o perfume dele. Que isso Clarice, você não acredita em amor a primeira vista, ou acredito? Bom não sei, mas o Caio é famoso, deve conhecer garotas muito mais interessantes do que eu. Assim que coloquei o pé pra dentro de casa, sabia que ia levar um sermão do meu irmão por confiar em um cara que eu conheci hoje.
- Clarice. Você ficou louca? – como eu disse meu irmão é SUPER protetor
- Louca por que Leandro? Só porque o cara quis fazer uma gentileza?
- Quem é esse rapaz que veio te trazer aqui em casa? – meu pai pergunta num tom de voz normal. As vezes parece que o Leandro é meu pai, não o Ricardo.
- É um colega, que eu conheci hoje.
- Pai, a Clarice conheceu esse cara hoje e já ta confiando nele como se conhecesse a anos. – mas esse Leandro é muito chato. Aff
- Leandro, se eu que sou o pai de vocês não to tão preocupado, pra que criar cabelos brancos a toa? – é por isso que eu amo meu pai
- Mas enfim Clarice, quem é esse rapaz? – minha mãe me pergunta
- Ele é o Caio Castro.
- Quem filha? O Caio Castro? Aquele galã das novelas? Meu Deus, ele é muito lindo filha. Que sorte a sua.
- Ah não. Começo. – Leandro revira os olhos
- COMEÇO O QUE LEANDRO? – logo começo a gritar com ele
- Calma Clarice. – minha mãe fala
- Calma Clarice nada mãe. Eu to cansada do Leandro querer mandar na minha vida. – logo olho pro Leandro e vejo que ele fez uma cara de decepção por eu ter dito aquilo. Subo pro meu quarto e quando fecho a porta na maior força, Leandro vem logo atrás.
- Clarice Vasconcellos. Por que você foi falar aquilo lá embaixo? Estou muito decepcionado com você. – enquanto ele dizia isso, eu estava sentada na minha cama com os dois cotovelos em cima dos meus joelhos e com as suas mãos no rosto, e percebo que duas lagrimas caiam dos meus olhos. Fico em silencio e quando tiro as mãos do rosto seco as lagrimas rapidamente e o Leandro diz:
- Hein? Responde! Perai, você ta chorando?
- Eu odeio brigar com você, mas às vezes me tira do sério essa sua preocupação.
- Mas maninha, eu só quero seu bem.
- Eu sei Leandro. Mas você não sabe o Caio fez por mim hoje.
- Ta bom. O que ele fez então? - ele se senta ao meu lado
- Como você sabe eu fui à praia hoje e como eu estava sozinha eu não tinha com quem deixar a minha bolsa. Então a desastrada aqui em pessoa deixou a bolsa na areia sem nenhuma proteção. Fui dar um mergulho e quando saí da água fui para onde a bolsa estava e não achei. Então o Caio me disse se eu estava procurando a bolsa e me mostrou ela. Respondi que sim e ele disse que um cara pegou a bolsa e saiu correndo. Conclusão: era um assaltante. O Caio então correu atrás do cara, deu uma gravata no pescoço dele e mandou ele soltar a bolsa, logo ele soltou e o Caio ficou com a bolsa do lado dele.
- História longa essa, não?
- É pra você entender seu chato. – dou um tapa no braço dele
- Desculpa. – ele fica me olhando com cara de cachorro sem dono
- Claro que eu te desculpo seu lerdo. Mas você tem que parar de julgar as pessoas antes de conhecê-la.
- Sermão agora não neh, Clarice.
- Sermão agora sim. Você me da um monte de sermão e eu não posso dar em você. – mostro língua pra ele
- Me mostra essa língua de novo que eu corto.
- Ah é? Então corta. – mostro a língua novamente e ele me da um forte abraço
- Você sabe que eu te amo baixinha.
- Baixinha é sua mãe. – dou uma risada
- Que conhecidencia. Ela também é baixinha e tem uma filha chamada Clarice. – nos descemos porque nossa mãe nos grita para irmos jantar. Enquanto descíamos a escada, ficávamos rindo iguais uns retardados e nossos pais viram e deram risada junto com a gente.
- Ta vendo que a melhor parte da briga é a reconciliação? – meu pai fala.
Depois do jantar, eu e o Leandro subimos para o quarto dele e ficamos tocando violão até me madrugada.
No outro dia ...
(...) CONTINUA (...)
Adorei a história Vivi demais <3
ResponderExcluirAi que bom que gostou Isa :)) , continue lendo *----------------*
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